Então, o primeiro passo para entrar com um processo de falência é fazer uma avaliação criteriosa das finanças da empresa, com toda a documentação que a envolve, de modo a ilustrar que realmente não é possível quitar as dívidas nem ter sucesso na recuperação judicial.
Neste caso, é necessário contar com a equipe contábil e com o advogado, para entrar com o processo. Também é preciso apresentar uma série de documentos, que podem ser esclarecidos pelo advogado, cuja função é ilustrar a situação econômica da empresa. Por isso, é vital contar também com um profissional contábil.
É lógico que o advogado é fundamental nesse processo. Não somente sua presença é obrigatória, mas ele pode tirar todas as suas dúvidas sobre os processos e a documentação necessária. Esta é uma decisão delicada e o processo não é simples. Portanto, é necessário contar com toda assessoria possível.
É evidente que ninguém quer passar por uma situação de falência de uma empresa. Mas, muitas vezes, fatores externos como um mercado altamente concorrido, uma situação de crise no país e diversos outros, acaba levando a um endividamento que fuja do controle dos gerentes. Por isso, é fundamental entender como funciona o processo de abrir falência de uma empresa para fazê-lo com cautela e precisão.
O que é falência?
Primeiramente, é importante entender o que, de fato, é a falência. Na maioria das vezes, esse processo é usado para resolver situações de insolvência do empresário. Resumidamente, isso ocorre quando a empresa não tem ativos suficientes para quitar com as dívidas que foram contraídas.
Portanto, a primeira consequência do processo de falência é que o devedor é afastado de suas atividades, sendo substituído por um administrador judicial, que é apontado pelo juiz. Este administrador é quem vai gerir os demais recursos da empresa, garantindo os interesses da massa falida.
Isso significa liquidar todos os ativos da empresa, de modo a pagar as dívidas de acordo com a ordem prevista na lei. Caso a empresa falida seja uma sociedade, cada um dos membros tem obrigações na quitação das dívidas.
Antes de entrar em falência, é possível abrir um processo de recuperação judicial. Esta é uma medida prevista em lei que busca evitar o processo de falência, através de uma recuperação econômica. O processo de falência não negativo apenas para a empresa e seus funcionários, mas sim para o país e para a economia. Por isso, existe esta tentativa de recuperação.
O que acontece com os funcionários em uma empresa que decreta falência?
Basicamente, todos os colaboradores ligados a empresa no momento do pedido de falência têm direito aos seus créditos trabalhistas, que incluem o valor das férias, do 13° e do FGTS. Para trazer um pouco mais de alívio aos colaboradores, as dívidas trabalhistas são consideradas preferenciais, sendo colocadas no topo da ordem mencionada acima.
Como funciona o pedido de falência?
O pedido de falência pode ser feito partindo de credores ou do próprio dono da empresa, o que configuraria a autofalência. Existem outras possibilidades de acordo com a Lei da Falência. Uma delas é, em caso de morte do dono da empresa, o pedido de falência pode ser feito pelo cônjuge ou por herdeiros.
Em casos de sociedade, os sócios em questão têm deveres no que tange às dívidas. O que configura cada um tendo que arcar com os pagamentos de acordo com sua parte no negócio.
De quais formas a falência pode ser decretada?
A falência pode ser decretada pelo devedor ou credor e várias são as possibilidades de ser decretada a falência. Entre as principais ocorrências estão:
- não pagamento dentro do prazo de vencimento de títulos protestados com valor total acima de quarenta salários mínimos;
- não pagamento, depósito ou nomeação de penhora de bens em valor suficiente;
- tentar a quitação das dívidas por meios ilegais, imorais e fraudulentos;
- fazer transferência da empresa em nome de outra pessoa, ainda que credor, sem a ciência dos demais credores;
Além desses fatores, o artigo 73 da Lei 11.101/05 determina outros quatro casos que viabilizam a convolação de falência. Vejamos:
O que é pedido de falência pelo credor?
No caso de pedido de falência por parte do credor, é importante ressaltar que só pode ser acionado em casos de dívida que some valor superior a 40 salários mínimos por receber.
Após o pedido de falência, ocorre uma venda judicial forçada e todos os bens da empresa serão servirão para quitar os débitos com os credores. Tais credores podem ser fornecedores, bancos, o governo, entre outros.
Nesse contexto, é realizada uma análise de acervo de todos os bens ativos e passivos, conforme visto anteriormente os bens pessoais não são levados em consideração. Tal medida é realizada visando determinar o valor da “massa falida”.
Dito isso, os credores têm o vencimento de todos os créditos antecipados, tal como o processo de juros sobre a dívida será interrompido até o desfecho de tal ação judicial. No que concerne ao dono da empresa e sócios, se for o caso, podem responder por crime falimentar e serem impedidos de exercer o comércio empresarial por um período de cinco anos. Importante apontar que os bens pessoais do dono ou donos da empresa não são atingidos por tal processo judicial.
Importante frisar que a ação de falência necessita de bastantes critérios e provas. Entre os requisitos necessários estão os comprovantes e demais documentos para atestar a urgência do decreto de falência.
Sem os termos necessários, a ação de falência será considerada temerária. O que pode acarretar entendimento do Juízo quanto ao dolo, condenação e até mesmo subverter a condição do credor para devedor.
Caso o pedido de falência seja considerado equivocado e o Juiz considerar que houve dolo na propositura da demanda, o credor pode ter de indenizar o devedor.
O que é pedido de falência pelo devedor?
Na prática, o pedido de falência pelo devedor leva a um afastamento imediato do dirigente da empresa. Este é substituído por um administrador judicial, apontado pelo juiz, para lidar com os ativos e credores restantes.
Para isso, o administrador irá avaliar os recursos da empresa, tanto os ativos ou passivos, de modo a liquidar e vender os bens da empresa para fazer o pagamento aos credores, de acordo com o critério que está previsto na lei.
Quando é possível decretar falência?
De acordo com a Lei que regulamenta a recuperação judicial, extrajudicial e a falência. Neste caso, a falência pode ser declarada se:
A assembléia-geral de credores determinar;
Se o devedor não apresentar um plano de recuperação;
Se não for cumprida alguma estipulação do plano de recuperação.
Ou seja, para declarar falência é preciso mostrar que as dívidas da empresa não podem ser pagas com os ativos que ela possui. Para isso, é preciso contar com o apoio de um advogado ou de uma equipe especializada, para reunir os documentos que comprovem a impossibilidade de pagamento.
Quais são as consequências do pedido de falência pelo devedor?
A maior consequência da falência é o fim da sociedade ou da extinção da pessoa jurídica. Como este é o caso, os atos seguintes a falência são nulos. Normalmente, o empresário também sofre uma penalidade que o impede de administrar outra empresa durante um determinado período.
O que acontece com os funcionários após um pedido de falência pelo devedor?
Todos os profissionais têm direito a receber os créditos trabalhistas que lhe são devidos, e esta dívida é considerada preferencial. Ou seja, eles são os primeiros a receber a liquidação dos ativos da empresa.
Como é o Pedido De Falência De Empresa Em Recuperação Judicial?
Entretanto, existe um adendo: a empresa que já está em recuperação judicial e que ainda assim não consegue arcar com as despesas, pode acabar tendo decretada a sua falência.
Neste post, falaremos mais sobre a chamada convolação da recuperação judicial em falência e como ela acontece.
O que é convolação?
A convolação da recuperação judicial em falência é justamente quando a RJ deixa de ser válida e é necessária a decretação da falência da empresa, conforme determina a Lei 11.101/05.
Essa alteração ocorre durante o período de recuperação judicial, tanto ordinária como especial, pelo fato de a empresa não conseguir cumprir com o acordado na petição. Então, o juiz determina a falência da organização.
O que é falência por não cumprimento das obrigações em uma recuperação judicial?
Se o pedido de recuperação judicial for deferido pelo juiz e o plano foi aprovado pela assembleia de credores, passa a valer o período da petição a partir do momento de sua publicação. Então, a empresa necessita cumprir todas as obrigações acordadas, entre prazos e ações. Se não cumprir imediatamente, o juiz pode declarar a falência da empresa.
O que é falência por não aprovação na AGC?
Se o plano for apresentado, mesmo que dentro do prazo de sessenta dias, mas não for aprovado pela assembleia de credores, a falência pode ser solicitada.
Para que a empresa não seja prejudicada e corra o risco de fechar as portas, é extremamente necessário ficar atento às obrigações exigidas no plano de recuperação judicial.
O que ocorre quando uma empresa decreta falência?
Antes de mais nada, precisamos entender que a falência nada mais é do que um processo judicial, onde são realizadas apurações de venda de todos os bens que uma empresa possui. Isso é feito quando o negócio não possui as devidas condições financeiras para arcar com as dívidas de seus credores, fazendo com que seu passivo seja maior do que o ativo.
Quando temos essa diferença, que é muito importante para a declaração de falência, a empresa fecha suas portas, paga as dívidas de seus credores e sai do mercado.
Por isso, a falência define o total afastamento do empreendedor de suas atividades, objetivando a preservação de seus bens, ativos e outros recursos da organização, enquanto não passam por processos de venda para suprir os créditos.
Por que ocorre a falência?
O processo de falência é decretado quando a empresa em si não consegue assumir as suas atividades no mercado, em consequência de seu comprometimento financeiro.
Dessa forma, um dos legitimados deve apresentar o fator de insolvência, que já é previsto na Lei de Falência. Podemos caracterizar esses fatores, como:
- Inadimplência de forma injustificada, onde os títulos ultrapassem quarenta salários mínimos;
- Falta de pagamento de um processo judicial líquido;
- Práticas que demonstram a violação da boa-fé e a segurança de possíveis relações jurídicas.
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